Arqueólogo do Kaleidoscopio Albino Jopela, lança debate sobre a conservação do património, governação e pobreza na Ilha de Moçambique

Numa palestra apresentada na série de seminários do Departamento de Arqueologia e Antropologia da Universidade Eduardo Mondlane em Maio passado, Albino Jopela sugeriu que as relações de poder entre os principais intervenientes minam a implementação de projectos concebidos para melhorar a conservação e gestão do património da ilha e as condições de vida dos seus habitantes. O sucesso na implementação de novas abordagens para a conservação do património, tais como a Abordagem Paisagística Histórico Urbana da UNESCO, transcende a esfera técnica. Ela exige vontade política do governo central de ir para além de uma retórica oficial sobre a importância da cultura e do património para o desenvolvimento que, em última instância não se traduz em documentos políticos fundamentais e numa desconcentração significativa de poderes de decisão e recursos para instituições locais como por exemplo, o Instituto de Conservação da Ilha de Moçambique.

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