O arqueólogo da Kaleidoscopio Albino Jopela e Per Ditlef Fredriksen, da Universidade de Oslo, na Noruega, publicaram recentemente um artigo sobre o engajamento dos arqueólogos com concepções locais de lugar. Baseando-se no caso de Moçambique os arqueólogos sugerem que ‘uma arqueologia verdadeiramente engajada’ deve estar aberta a epistemologias plurais e explorar o potencial das interseções entre os conceitos usados pelos profissionais da área e pelas comunidades com as quais esses profissionais se envolvem. O exemplo da Paisagem Cultural Vumba em Moçambique é usado para mostrar que os profissionais não podem ignorar o facto de que muitas comunidades rurais nesta parte da África praticam a sua versão de ‘arqueologia’ reconstruindo o passado através de seus antepassados. A visão epistêmica e ética apresentada pelos autores pode potencialmente ajudar os arqueólogos e profissionais do património a dar um primeiro passo com vista ao reconhecimento, na sua plenitude, dos diferentes valores, interesses e preocupações dos vários intervenientes, permitindo assim que toda sociedade assuma papéis e responsabilidades importantes na interpretação e preservação do ‘passado’. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
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